O carro deslizou pela noite em direção ao hospital, mas dentro dele, o silêncio era tão pesado que parecia gritar.
Olívia estava com as mãos grudadas nas de Léo, o coração batendo em um ritmo frenético. O menino respirava fundo, já mais estável, mas ainda pálido demais. Ian, no volante, dirigia rápido, os olhos fixos na estrada, firme, decidido, como se cada curva fosse uma batalha a vencer.
Quando o carro finalmente parou na entrada iluminada do hospital, o que Olívia não esperava era a cena diante deles.
Um grupo de repórteres e fotógrafos esperava na porta. As câmeras dispararam flashes assim que reconheceram o carro de Ian Moretti. Vozes se sobrepuseram:
— “Senhora Belmonte, é verdade que inventou a doença do filho para manipular os Moretti?”
— “Doutor Moretti, essa é a nova golpista da família? O que tem a dizer sobre o dossiê?”
— “O menino está realmente doente, ou é mais um teatro?”
Olívia congelou. O sangue deixou seu rosto, substituído por uma fúria silenciosa e uma dor aguda