O perfume de Matheus, uma mistura de sabão de lavanda e algo essencialmente masculino que era só dele, envolvia Carla como um cobertor aconchegante. Ela se espreguiçou na cama macia, os músculos lembrando-a, com uma dor agradável, de cada movimento que fizeram antes. Um sorriso bobo tocou seus lábios. Ela nem lembrava de ter apoiado a cabeça no travesseiro; apagou como uma luz, segura em seus braços.
Sentou-se na cama, os lençóis de cetim escorrendo por seu corpo. Pela janela panorâmica da suíte, o céu ainda era um veludo negro salpicado de estrelas, a névoa no vale refletindo a luz da lua. Ainda era noite, ou quase madrugada.
Foi então que o viu. Parado perto da porta do quarto, iluminado pela luz suave do hall. Matheus estava completamente vestido. Calças pretas, camisa cinza de manga longa, bem passada, o primeiro botão desabotoado. Ele estava impecável. E mais bonito do que ela jamais o vira, uma mistura de força contida e uma serenidade nova que a fez prender a respiração.
Ele se