O corredor do hospital, após a intensidade do confronto com Matheus, parecia insondavelmente frio e vazio para Carla. Ela se arrumou ainda mais, tentando apagar qualquer vestígio físico do que acontecera, e foi em busca de Olívia. Precisava da amiga. Precisava de um ponto de ancoragem naquele caos.
Foi primeiro ao quarto de Ian. A porta estava entreaberta. Dentro, ele dormia, pálido, mas estável, o bip-bip-bip do monitor mantendo um ritmo tranquilizador. Mas Olívia não estava na cadeira ao lado da cama.
Uma pontada de preocupação a fez acelerar o passo. Ela foi até a pequena sala de visitas onde Léo estava sob vigilância. O segurança na porta, um homem sério que ela reconheceu do time de Matheus, a viu se aproximar.
— Onde está Olívia? — Carla perguntou.
— Foi ver a prisioneira. A Clara. — o segurança informou, seu tom neutro.
O sangue pareceu esfriar nas veias de Carla. Clara. Aquela mulher era uma ferida aberta para Olívia, um símbolo vivo de tudo que havia dado errado. Ir vê-la soz