A sala de jantar parecia menor com os dois ali. Mergulhada em um silêncio assim que os dois ficaram a sós.
Não era o silêncio natural de uma manhã preguiçosa e calma, mas aquele tipo que se instala quando duas pessoas estão prestes a se atacar.
Carolina permanecia de pé. Estava encostada na mesa, mãos pousadas levemente sobre a cadeira, o sorriso curto e irônico, como se tivesse acabado de vencer uma batalha invisível, mas que não chegava aos olhos.
Ian, parado a pouco passos de distância dela, parecia uma tempestade prestes a romper. Ombros tensos, maxilar travado, respiração pesada. Quando ele entrou na mansão naquela manhã estava mal, e achou que não poderia ficar pior. Mas estava errado.
— O que você está fazendo aqui? — ele tornou a repetir, voz dele saiu grave, baixa, com aquele tom que não pedia resposta... exigia.
Carol não respondeu de imediato. Olhou para Ian como quem saboreia o momento antes de cravar o golpe.
— Essa é a sua recepção? — Carolina arqueou uma sobrancelha, o