O som da voz de Ian cortou o ar como um tiro, apenas o estalo seco soando.
— Que porra você está fazendo aqui?
O garfo de Olívia parou no a, enquanto ainda ouvia a voz dele ecoando, zumbindo em toda sua indignação e raiva.
Ela piscou, tentando entender se tinha ouvido certo.
Demorou um segundo para perceber que ele não estava falando com ela.
O olhar dele passava direto, atravessando-a, cortando a sala, frio e concentrado, até se fixar na mulher de branco sentada na frente do Leo.
Carol.
A enfermeira se levantou devagar, como quem saboreia o desconforto. Cada movimento calculado para incomodar. Um sorriso breve apareceu em seus lábios e não tinha nada de acolhedor ou alegria. Era algo... Torto. Quase desafiador. Era o tipo de sorriso que dizia “eu sei exatamente onde te ferir”.
O corpo de Olívia reagiu antes da mente. Sentiu um arrepio gelado percorrer sua nuca. Aquela ali não parecia em nada com a garota doce que ela estava conversando a cerca de dois minutos atrás.
O jeito que Ian a