A lua cheia pendia como um disco prateado no céu noturno, seu brilho suave filtrando-se pelos vitrais e banhando o salão em tons de azul celestial. Olívia parou na entrada, seus olhos percorrendo o cenário que parecia saído de um sonho: centenas de velas tremulando como luzeiros em um mar de pétalas, o ar pesado com o perfume doce de jasmim e gardênia.
Ela deu um passo, depois outro, seus pés afundando levemente no carpete enquanto se aproximava do centro da sala onde Ian esperava.
— Ian… — sua voz saiu como um sopro, carregada de emoção contida. — O que você está fazendo?
Ele respirou fundo, seus olhos — sempre tão impenetráveis — agora completamente expostos, mostrando cada nuance de vulnerabilidade.
— Estou tentando consertar a única coisa que ainda vale a pena neste mundo — ele disse, cada palavra cuidadosamente escolhida. — Nós.
Olívia sentiu as lágrimas pressionarem atrás de seus olhos. As chamas das velas dançavam, refletindo-se em seu olhar intenso e completamente aberto.
Ele