O mundo desabou no sabor dele.
Quando os lábios de Ian a encontraram, não foi um beijo—foi um terremoto. Um tremor que partiu de algum lugar profundo dentro dela, daquele lugar adormecido que só ele sabia encontrar. O gosto do vinho em sua língua se misturou ao sabor dele, salgado, familiar, dele. E algo dentro de Olívia estilhaçou.
Um gemido baixo, rouco, rasgou-se de sua garganta. Suas mãos, que um segundo antes estavam imóveis ao lado do corpo, subiram para se agarrar aos ombros dele, às costas, aos cabelos, puxando-o com mais força contra si, como se temesse que ele fosse uma miragem. A racionalidade, os avisos, os anos de dor—tudo se dissolveu no calor daquele beijo. Ela estava bêbada. Bêbada de vinho barato, sim, mas muito mais bêbada de Ian. Da sensação dele, do cheiro dele, do desespero cru que emanava de seu corpo.
Ele a devorava. Suas mãos deixaram seu rosto e percorreram seu corpo com uma urgência selvagem, uma palma quente se fechando em torno de sua cintura através do tec