O nome IAN brilhava na tela do celular de Olivia como uma assombração digital que exigia atenção. Ela pensou em ignorar, em deixar o toque se esvair na indiferença, mas um conhecimento profundo e cansado a dominou. Ele não desistiria. O fantasma dele nunca a deixaria em paz.
Com um suspiro que parecia carregar o peso de todos os seus desencontros, ela deslizou o dedo sobre a tela, selando seu destino.
— O que você quer, Ian? — Sua voz saiu áspera, desgastada pelas lágrimas não choradas e pelas palavras não ditas. Cada sílaba pareceu rasgar-se em sua garganta.
Do outro lado da linha, um vácuo. Então, a voz dele emergiu, mais baixa e vulnerável do que ela jamais lembrava ter ouvido:
—Só… conversar. — Uma pausa carregada. — Sem brigas, sem gritos. Por favor.
Ela fechou os olhos, a imagem do parque que Léo tanto amava surgindo em sua mente. Parte de seu ser, a parte ferida e orgulhosa, bradou para ela desligar. Mas a outra parte — a que ainda guardava o eco do toque dele, a que se comovi