O quarto estava envolto na penumbra aconchegante da noite, com apenas o abajur do criado-mudo projetando um círculo dourado sobre o tapete repleto de brinquedos. Léo estava sentado na cama, seu pequeno corpo envolto em pijama azul-marinho, abraçado ao travesseiro como se fosse um companheiro de aventuras. Seus olhos, grandes e curiosos, seguiam cada movimento da mãe enquanto ela se aproximava, como se soubesse que algo importante estava prestes a ser revelado.
Olívia respirou fundo, sentindo o ar entrar em seus pulmões como se fosse feito de vidro; cada inspiração uma ameaça de quebrar a frágil compostura que mantinha. Seu coração batia com força contra suas costelas, um tambor ansioso anunciando a tempestade emocional que se aproximava. Ela sentou-se na beira da cama, a colchão cedendo suavemente sob seu peso, e passou os dedos pelos cabelos macios do filho, buscando conforto no toque familiar.
— Filho… — começou, sua voz saindo mais suave do que esperava, mas carregada de uma emoçã