O coração de Olívia batia com tanta força que ela conseguia senti-lo pulsando em suas têmporas, um ritmo acelerado e caótico que ecoava o turbilhão em sua mente. Ela empurrou Benjamin com toda a força que seus membros trêmulos conseguiam reunir, um movimento nascido tanto do desespero quanto da revolta. Ele cambaleou para trás, um passo apenas, mas o suficiente para romper a intimidade ameaçadora que se estabelecera entre eles. Seus olhos se arregalaram de surpresa genuína; talvez ele realmente acreditasse que ela cederia, que encontraria consolo em seus braços depois de tudo.
Seu peito subia e descia em respirações curtas e ofegantes, como se tivesse corrido não apenas pelo corredor, mas por todos os anos de mentiras e segredos que a trouxeram até aquele momento.
Mas então, ao levantar os olhos além de Benjamin, além do quarto desarrumado e da mala aberta que testemunhava sua fuga precipitada, ela viu; e congelou.
Matheus. Parado na soleira da porta como um espectro silencioso, seu