A confirmação veio uma hora depois. A assistente do hospital ligou, a voz seca e objetiva:
— O pagamento foi feito pela manhã. Valor integral. Com prioridade de urgência.
Olivia ficou um segundo em silêncio, o celular ainda colado ao ouvido. A informação afundou como pedra.
Então Ian tinha pago antes mesmo da conversa. Antes da chantagem.
Ou seja: ele só queria ver até onde ela iria. Se iria continuar fazendo sua parte naquele maldito acordo.
Aquilo doeu mais do que qualquer ofensa. Ian tratava a saúde de Leo como cláusula contratual. E ela… aceitou. Não sabia mais o que deveria esperar daquele homem.
Mas agora, nada mais importava. Porque ele estava acordado.
No quarto, o cheiro de desinfetante com lavanda ainda revirava o estômago, mas Olivia nem sentia. Leo estava desperto. Os olhos pequenos, negros, piscando devagar sob as pálpebras inchadas.
— Mamãe?
A voz dele saiu fraca, mas viva.
Os olhos pequenos e negros se abriram devagar, e ele sorriu do jeitinho torto de sempre. Olivia s