Olivia ficou parada no jardim, o ar gelado da noite fazendo seu corpo se arrepiar. As luzes da festa brilhavam atrás dela, mas tudo parecia distante, como se um túnel se formasse entre ela e o resto do mundo. O sangue pulsava forte nas têmporas, e o gosto de raiva, amargo e incontrolável, a fazia engolir em seco.
Clara havia ido embora com Benjamin, mas o estrago estava feito. A mentira deles agora tinha nome, roupa cara e olhos de serpente. Olivia sabia que a mulher faria de tudo para convencer Benjamin a usar aquilo como arma contra ela.
Mas, bem... eles não sabiam que Olivia já estava no meio do jogo deles.
“Se eles mentem... eu escolho quando expor.”
O pensamento se repetia, virando mantra. Ela não era mais a mulher que fugia de confrontos. Não hoje. Mas não seria a que criaria um escândalo ali, na festa. Ainda não.
Essa verdade seria exposta na hora certa. No palco certo.
Com passos rápidos, ela voltou para dentro da mansão.
Encontrou Ian perto do bar, sem o paletó, com as mangas