Capítulo 137

O corredor de flores se estendia diante dela não como um caminho, mas como uma fenda aberta no mundo, um rio artificial de branco e ouro que fluía em direção a um abismo.

Cada pétala de rosa branca, meticulosamente disposta, cada fita de seda pálida tremulando ao sussurro da brisa da tarde, parecia um elemento de um cenário opressor, construído não para celebrar, mas para consagrar uma capitulação.

Olívia respirou fundo, o ar entrando em seus pulmões como um líquido espesso. O peso do véu sobre seus ombros era o peso de uma lápide, e o olhar coletivo de centenas de convidados queimava sua pele nua como brasas, cada par de olhos um juiz silencioso de um crime que ela era forçada a cometer contra si mesma.

Seus passos eram deliberadamente lentos. Não havia hesitação, mas um cálculo feroz, uma recusa absoluta a ser lida como uma vítima sendo levada ao sacrifício. Cada movimento, desde o leve arrastar da cauda do vestido sobre as pétalas até a postura ereta de sua coluna, era um ato de gu
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