O silêncio era brutal.
De alguma forma, o silêncio que veio depois parecia até mais barulhento do que a própria música da boate que continuava lá fora, batendo contra as paredes do banheiro como uma lembrança distante de que o mundo seguia, indiferente. As luzes coloridas piscavam por baixo da porta, mas ali dentro, era como se nada mais existisse. O tempo parecia suspenso. Apenas eles dois. E o peso daquilo que tinham acabado de fazer.
Olívia ainda estava com as costas colada ao azulejo frio da parede, arfando contra o peito de Ian. A respiração subindo e descendo em descompasso vinha em soluços curtos, como se o ar tivesse se tornado insuficiente, os músculos trêmulos. O cheiro de suor, sexo e perfume misturados preenchia o espaço estreito.
O gosto de Ian ainda queimava em sua boca, o toque dele ainda marcado em cada pedaço da pele.
E isso a apavorava.
Ela tentou se soltar, mas ele não a deixou de imediato, segurava firme, como se temesse que ela fosse evaporar. A respiração dele es