O tempo parou. Nada mais podia ser ouvido ao redor. O silêncio pesava como uma pedra sobre o peito de Olivia.
A pergunta de Ian ainda ecoava em sua mente, vibrando dentro dela como se fosse um grito preso. Uma sentença impossível de ignorar.
"Por que Léo tem uma marca de nascença igual à minha?"
O mundo pareceu desmoronar debaixo dos pés de Olívia, girando rapidamente. As pernas dela enfraqueceram, ficaram bambas, os lábios se entreabriram em choque, mas nenhum som saiu. O ar rarefeito entrando em seus pulmões em pequenos soluços. Era como se a garganta tivesse fechado, como se o corpo tivesse decidido congelar para evitar o impacto da queda. Ela tentou esconder a reação, mas sabia que Ian estava olhando. Ele sempre via. Sempre atravessava suas máscaras.
Ela quis rir, chorar, gritar. Mas não conseguiu nada. Apenas sentiu.
A memória dela disparou. Lembrou-se do nascimento de Léo, da primeira vez que notou a pequena marca, quase imperceptível, na curva do braço do menino. Ela jamais lig