Capítulo 5

A mão dele ainda tocava meu rosto quando eu cedi.

Talvez tenha sido o cheiro — couro, fumo e um perfume amadeirado que parecia pecado engarrafado. Talvez o jeito como ele me olhava, como se já tivesse me despido só com os olhos. Ou talvez… talvez eu só estivesse cansada de fingir que não queria.

Ele não pediu permissão. Dante não era do tipo que pedia.

Me puxou pela cintura, colando nossos corpos, e me beijou como se o mundo estivesse acabando. Um beijo urgente, quente, profundo. Mãos grandes segurando meu quadril, me guiando pelo corredor como se eu já fosse dele.

Passamos por uma porta discreta, protegida por um segurança que apenas assentiu com a cabeça. Entramos em um corredor de madeira escura, silencioso, até uma porta dupla. Dante abriu, me empurrando gentilmente para dentro.

A sala era puro poder.

Móveis de couro escuro, uma estante de bebidas importadas, paredes em tons quentes. Mas o que me tirou o fôlego foi a enorme parede de vidro que dava direto para a pista de dança da boate. Lá embaixo, luzes piscavam, corpos dançavam, o mundo girava. Mas ali dentro… só existia ele. E eu.

— Você devia correr — ele disse, encostando a porta com um clique abafado.

— Talvez eu devesse — respondi, sem me mover.

Ele se aproximou devagar, como um predador. E eu, presa voluntária, esperei.

— Mas não vai, vai? — murmurou, deslizando o casaco para longe do corpo. A camisa social sob ele moldava cada músculo do peitoral. O paletó caiu no sofá caro atrás dele, e então ele veio até mim.

— Não.

Foi tudo que consegui dizer antes de ele me prender contra o vidro, o mundo inteiro como testemunha embaixo de nós.

— Você me instiga — ele sussurrou, a boca roçando a minha. — Com essa pose de boa moça e esses olhos famintos.

Minhas mãos foram aos botões da camisa dele. Tremendo. Sedentas.

— E você me enlouquece — murmurei.

Ele tirou minha blusa com um puxão habilidoso, me deixando de sutiã. As mãos firmes desceram pelas minhas costas, abrindo o fecho com facilidade. Meu corpo arqueou, querendo mais.

— Sabe o que é mais excitante nisso tudo? — ele perguntou, os lábios tocando minha pele. — Saber que você queria resistir. Mas não consegue.

— Vai se foder, Dante — ofeguei.

— Tarde demais.

Ele me virou de costas, as mãos subindo minha saia até minha cintura. Me pressionou contra o vidro, uma mão no meu quadril, a outra entre minhas pernas.

— Você tá molhada — ele murmurou, a voz mais grave. — Por mim.

Gemi.

A calça dele desceu num segundo. E então ele me tomou.

Sem preâmbulos.

Sem avisos.

Só desejo.

Forte, profundo, possessivo.

Minhas mãos espalmadas no vidro enquanto ele me dominava por trás, como se quisesse me marcar. A boate inteira dançando lá embaixo, e eu… eu gemendo o nome dele, sentindo cada estocada como se fosse uma promessa.

— Você é minha agora, Helena — ele sussurrou no meu ouvido. — Minha.

Gozei primeiro, gritando, o corpo em chamas. Ele veio logo depois, rugindo meu nome, me segurando com força.

Depois, ficamos ali, grudados no vidro, ofegantes. Ele beijou minha nuca.

— Eu avisei… — murmurou. — A gente ainda nem começou.

E, Deus me ajude, eu queria mais.

* ME DIGAM O QUE VOCÊS ESTÃO ACHANDO DA HISTÓRIA.*

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