Saulo Prado
Saí da casa da Angelina com o sangue fervendo. Possesso. Com vontade de quebrar tudo. A porta do carro quase saltou do batente quando a bati com força. O motor gritou quando arranquei da porta dela sem pensar, sem respirar, sem processar nada, só com aquela sensação maldita queimando meu peito.
— Filha da puta! — gritei, socando o volante. — Assim é fácil, porra, goza e me expulsa!
Minha mente estava um caos. Eu ainda sentia o gosto do g0z0 dela na minha boca.
A textura da sua coxa na minha mão. O calor úmido da sua recusa vibrando no meu p@u, que eu só queria enterrar todo dentro dela.
E ela... com aquele olhar molhado, aquele olhar que me jogava no abismo e me impedia de pular. Ela me queria, mas me mandava embora. Queria que eu sumisse, como se eu fosse qualquer um. Eu, Saulo Prado.
Nem vi o caminho. Quando percebi, já estava entrando na estrada de terra da chácara. A poeira subindo pelo retrovisor, o céu ainda ensolarado.
Estacionei de qualquer jeito, com o peito a