Angelina Da Costa
Não me sentia confortável quando Saulo me estendeu a chave do seu carro. Ainda na sua sala, de alguma maneira parecia que eu estava me aproveitando da sua boa vontade o tempo inteiro.
- Use-o por enquanto, terei que usufruir do presente que o teu sogro me deu.
Mordi o canto da boca, pois precisava não poderia negar, mas sabia dos limites que estaríamos ultrapassando.
- Anda mulher, vá logo para está consulta. - De fato me ajudaria muito, economizaria bastante tempo nos pontos de ônibus a espera, além da lotação.
Peguei as chaves ainda receosa. Sabia que haveria olhares. - Ok! Depois conversamos sobre isso.
Dei passos em direção a porta enquanto Saulo recolhia os documentos teria que ir a empresa conversar com o cliente, uma reunião demorada viria pela frente.
Saímos da Prado juntos, porém em carros separados, a minha consulta com a ginecologista só me fez perceber o quanto sempre fui e sou inconsequente, nunca cuidei de fato do meu corpo, talvez sequer soubesse que