Que morresse engasgada!

Saulo Prado

Eu não aguentava mais nada.

Depois do que Angelina fez comigo depois de ser sugado, consumido, devorado, tentei tomar café, tentei ler, tentei pensar em qualquer outra coisa. Mas meu corpo implorava por descanso. Enrolei até a cama e apaguei. Um sono pesado, exausto, rendido.

Acordei no meio da tarde, zonzo, fraco, como se tivesse atravessado uma febre. Peguei o celular esperando encontrar dezenas mensagens, mas dela só havia apenas uma uma única e curta mensagem dela: “Obrigada pela madrugada. Foi maravilhosa.”

Só isso?

Joguei o celular no colchão, com raiva e fascínio. Porque não havia cobranças, nem coraçãozinho, nem plano para o próximo encontro. Nada. Só um “obrigada”. E, de forma doentia, aquilo me excitava. Me prendia mais. Ela parecia me entender. Me deixava livre, mas com uma corrente invisível no peito.

Almocei sozinho. Satisfeito, gostei do silêncio. Me preparei mentalmente para a semana. Esperei uma ligação dela. Não veio. Tomei coragem e liguei, mas foi a filh
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