Angelina Da Costa

Ninguém jamais entenderia os pensamentos silenciosos de uma mulher insegura, especialmente quando ela própria tem certeza da sua incapacidade.

E por mais que eu tentasse me concentrar no que aquela sexóloga dizia, tudo me parecia exagerado, obsceno demais para ser palestrado com tanta naturalidade.

Minha mente estava distante vagava entre Ana Júlia e os meus próprios bloqueios. Eu só tinha ouvido o básico, o suficiente para recordar o que preferia esquecer.

Porque quando Saulo assumiu o controle dos movimentos com o seu sexo chegando a minha garganta, eu travei. Não porque fosse enorme, mas por ser grosso, denso, presente demais. E, mesmo sem querer, comparei Raul era maior, sempre me machucava, claro que eu tinha tentado agradar, não só uma, várias vezes. .

O trauma era presente.

Com Raul, eu engasgava, chorava, vomitava. Era dor. Vergonha. Um sufoco sem prazer. E agora, com Saulo, por mais que o começo tenha sido igual, a ânsia, a tosse, a náusea, havia algo dif