Limite

Angelina Da Costa

De alguma maneira, ele me protegia, me queria, e isso era bom, eu estava gostando, mas sabia das consequências que isso nos traria, me traria, afinal, eu seria a maior prejudicada nessa situação, Saulo me olhava irredutível, porque o cliente me julgou como um brinquedo, ele não era o primeiro, e nem seria o ultimo, o homem ali de dedos entrelaçados me olhando, me avaliando, deveria fazer o mesmo, e eu cedi.

Abri as pernas diante do olhar dele, já que ele parecia tudo, menos ouvir as minhas palavras, notei como os seus olhos acompanharam o meu movimento. Eu queria entender, ouvir como ou porque ele se via tão obstinado em mim, nunca me senti assim, desejada para tanto, e ali estava um homem quase vinte anos mais jovem, salivando ao me ver abrir as pernas, recostar na poltrona, deslizei a minha mão devagar, sobre a calcinha.

Eu estava escancarada no sofá da nova sala de Saulo.

Pernas abertas. Respiração acelerada. Os dedos entre as pernas, me tocando devagar, como na
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