Angelina Garcia
Entrei no banheiro, trêmula, com medo, a sensação de desconforto e vergonha estavam em todas as fibras do meu ser. Eu nunca havia passado por isso, fechei os olhos apoiando a minha cabeça a parede fria, gelada enquanto o meu corpo parecia em chamas.
O que eu havia feito?
Não que eu fosse uma santa, mas, sempre precisava de um vinho para chegar a tal estado.
Pelas lágrimas que escorriam, eu já não sabia se era pela vergonha ou frustração, eu ainda me sentia molhada, escutei quando Fernando e filho saíram, conversando sobre lugar para almoçar.
E somente com o fechar da porta consegui respirar normalmente, eu estava perdida, completamente perdida, e se ele tivesse a ousadia de contar para o pai?
Levei a mão ao peito, ainda acelerado, pensando na humilhação que seria, ou não, tocando o meu rosto, a pele um pouco flácida não me deixava esquecer a minha idade.
Sentei no vaso, pensando em tudo.
Aquele homem não me deixaria em paz.
Eu não teria sossego, o que seria de mim?
Ma