Angelina Da Costa:
Saí do prédio ligando para Rafael, do celular de Saulo. Ele não atendeu na primeira, nem na segunda, nem até eu chegar ao RH. Fitei o nome na porta: "Camila Rodrigues - Recursos Humanos".
Débora, eu sei que é você. É a Lina. Por favor, me atenda, é urgente.
Mandei a mensagem sendo direta. A porta foi aberta quase que imediatamente. Camila olhou em volta no corredor e abriu um sorriso ao me ver.
- Ah, aí está você! Nossa, tem certeza de que está mal? - perguntou, ainda sorridente.
Entrei em sua sala, suspeitando que ela, de todas as pessoas, me conhecesse bem demais.
- Sim, terminamos. O Saulo é muito novo, é muito intenso, é muito... - Eu repetir o mesmo enredo, ela riu. Começou a rir alto, sem cerimônia.
- Desculpa, amiga, mas tu tá com a cara de quem foi fodida pra caralho. A tua pele tá um escândalo, parece que gozou até morrer - disse, rindo, e se sentou atrás da mesa. Ela não estava errada, parecendo mesmo que me conhecia bem, talvez faltasse as lágrimas?
Me jo