Cinco dias haviam se passado desde que Dante me tirou daquele cativeiro. Desde que eu quase morri com uma bala atravessando meu corpo. Desde que ele disse que me amava, pela primeira vez, com a voz embargada e os olhos molhados. Desde que ele me levou pra casa dele — agora, nossa casa.
Dessa vez, eu não estava apenas de visita. Não era mais a garota que se perdia no mundo perigoso de Dante por impulso. Eu fazia parte dele. Da vida dele. E carregava, dentro de mim, o nosso filho.
O carro me deixou na porta da mansão. A fachada imponente não me intimidava mais. Era como se tudo ao redor tivesse sido transformado com o tempo. Talvez por ele. Talvez por nós dois. Respirei fundo antes de girar a maçaneta.
Assim que entrei, fui recebida por uma mulher mais velha, de uniforme branco impecável, que sorriu gentilmente.
— Bem-vinda, senhorita Helena. O senhor Dante nos avisou da sua chegada.
— Só… Helena, por favor. E obrigada — respondi, sorrindo de volta.
Mais dois funcionários vieram me ajud