A vida voltou a ganhar um ritmo.
Ainda bagunçado, ainda novo, mas com pequenos respiros de equilíbrio.
Theo começava a dormir por mais tempo à noite.
Gabriel estava mais presente do que eu podia imaginar.
E eu… começava a me reconhecer no espelho novamente.
Mas foi exatamente nesse momento de início de calmaria que o passado resolveu bater à porta.
De terno caro e sorriso ensaiado.
Eu estava saindo de uma rápida consulta com o pediatra quando vi o carro parado na porta do consultório.
Reconheci de longe: preto, elegante, discreto.
E então ele desceu.
Cláudio.
Ex-chefe.
Ex-pessoa importante na minha carreira antes de eu aceitar o emprego com Gabriel.
Não houve abraços.
Apenas um sorriso civilizado.
— Anna Oliveira. A mulher que sumiu e agora reaparece nas capas de revista como a nova “mamãe do magnata”.
Revirei os olhos.
— Sempre tão direto, Cláudio.
— Sempre tão brilhante, Anna.
— Você faz falta.
Fomos tomar um café rápido, já que Theo havia dormido no bebê-conforto.
— Fique