Acordei antes do despertador. Não sei se foi o hábito de sempre levantar cedo ou a noite mal dormida. A verdade é que, por mais que eu tenha tentado, não consegui afastar Anna Oliveira da minha mente.
Levantei-me, vesti uma camisa branca e calça social preta, tentando manter a cabeça ocupada com a reunião que teremos hoje. O problema da filial precisa ser resolvido com urgência, e eu não posso me dar ao luxo de me distrair. Mas desde ontem, desde aquele jantar… sinto que estou jogando contra mim mesmo.
Quando cheguei ao restaurante do hotel para o café, não esperava vê-la tão cedo. Mas lá estava Anna, sentada sozinha à mesa, mexendo no celular, com uma xícara de café na mão.
Ela usava uma camisa de seda azul, simples, mas elegante, e o cabelo estava solto, caindo em ondas pelos ombros. Aquilo me pegou desprevenido. Nunca pensei que uma imagem tão comum — alguém tomando café — pudesse ser tão desarmante.
— Bom dia. — Minha voz soou mais baixa do que eu queria.
Anna levantou os olhos, e