A confissão de Calleb pairou na sala, densa e sufocante. A arquitetura da mentira de Helena estava exposta, e sob os escombros, restavam apenas os dois, cercados por uma década de ruínas. A raiva nos olhos de Maria era uma chama fria, mas por baixo dela, Calleb viu a rachadura fina de um coração que havia sido quebrado sem piedade.
A culpa o esmagou. Ele deu um passo vacilante em sua direção, a mão se erguendo como se fosse tocá-la, mas a deixou cair, inútil.
"Maria, eu..." as palavras morreram em sua garganta. Desculpe? Patético. Eu fui um tolo? Um eufemismo. "Eu não sei o que dizer."
"Não?", ela retrucou, a voz cortante, desprovida da fragilidade de antes. "Que tal começar com o fato de que você me odiou por dez anos baseado em uma fofoca de corredor? Que você nunca, nem por um segundo, me deu o benefício da dúvida? Que você se deixou ser a arma dela para me destruir?"
Cada palavra era um golpe, e ele merecia cada uma delas. Ele não se defendeu. Apenas absorveu a verdade de su