Maria acordou com o sol quente em seu rosto e o som suave das ondas quebrando na praia. Por um instante, ela não soube onde estava. Seu corpo doía de uma forma deliciosa, exausto e vivo. A névoa do sono se dissipou e as memórias da noite anterior vieram em flashes febris: a batida dos tambores, o calor de um corpo desconhecido, a libertação.
Ela se virou, o coração dando um salto estranho, meio esperando, meio temendo encontrar o estranho da noite passada. O lugar ao seu lado na cama estava vazio. Não havia bilhete, nem sinal de que ele existiu, exceto por uma coisa. Sobre o travesseiro ao lado, repousava a máscara de madeira escura e lisa.
Ela a pegou. O objeto era frio e suave ao toque. Traçou os contornos anônimos com a ponta dos dedos. Uma onda de emoção a percorreu, mas para sua surpresa, não foi tristeza. Não houve a pontada familiar da rejeição ou do abandono que Calleb havia lhe ensinado a sentir. Havia apenas... uma calma curiosa.
A noite não fora sobre ele, o estranho. F