Os três dias seguintes foram os mais difíceis da vida de Calleb. Ele teve que encontrar Helena, almoçar com ela, ouvir seus comentários venenosos sobre Maria, e sorrir. Teve que fingir que a semente da dúvida que ela plantou sobre o comportamento de Maria no gala havia florescido em mais ressentimento.
"Ela está te cercando, meu amor", disse Helena, enquanto eles se sentavam em um café sofisticado. "Essa exibição no baile... o vestido, os sorrisos. É uma tática para ganhar a simpatia do público e te isolar. Para fazer você parecer o vilão quando... quando nós finalmente pudermos ficar juntos."
Calleb, pela primeira vez, notou a arte em sua manipulação. O jeito como ela sempre se colocava como a vítima final, a sofredora silenciosa. Ele viu o brilho de satisfação em seus olhos quando ele concordou com a cabeça, fingindo frustração.
"Eu não vou deixar que ela vença", ele disse, as palavras soando como cinzas em sua boca, mas o tom era convincente. Ele estava se tornando um bom ator.