Narrado em terceira pessoa
A sala da mansão em Valência estava mergulhada no silêncio, quebrado apenas pelo estalar do fogo na lareira. Zeus mexia lentamente o copo de whisky, olhos fixos na chama, enquanto Ares afiava a lâmina de sua faca como se fosse uma extensão do próprio corpo.
Apolo entrou, a mão entrelaçada na de Violeta. Havia algo diferente no olhar dele — não o mesmo brilho de vitória após uma batalha, mas uma calma estranha, quase desconcertante.
— Reunião de família, — anunciou.
Ares levantou a cabeça, arqueando a sobrancelha.
— O que foi agora? Mais um plano pra derrubar o resto dos ratos que sobraram?
Zeus não disse nada, apenas ergueu os olhos do copo, observando em silêncio. Ele já sabia que aquilo não era sobre guerra. Conhecia o irmão bem demais para não perceber.
Apolo respirou fundo, segurou a mão de Violeta com mais firmeza e falou de uma vez:
— Vou ser pai.
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O silêncio foi absoluto.
Ares largou a faca, o metal batendo contra a mesa com um som seco. Zeus apoio