Narrado por Apolo
A guerra podia esperar.
Por algumas horas… eu só precisava dela.
Saí da mansão sem escolta visível, mas armado até os dentes. Peguei o caminho mais longo, rodei pela cidade como se estivesse em missão. Porque, de certa forma, eu estava.
A casa onde Violeta estava escondida era pequena, afastada, cercada de segurança. Um dos meus refúgios antigos, onde eu guardava o que era mais precioso. Agora, ela.
Quando estacionei, dois dos meus homens me receberam no portão.
— Está tudo calmo. Ninguém seguiu. — um deles disse.
Assenti e entrei.
O coração batia pesado, diferente de quando encaro o inimigo, diferente de quando dou ordens de morte. Era algo mais desgovernado. Mais humano.
Toquei a campainha. Nada.
Toquei de novo. A porta se abriu devagar. E ali estava ela.
De moletom, descalça, cabelo preso em um coque alto bagunçado. A pele limpa, os olhos cansados. E ainda assim... era a mulher mais linda que eu já tinha visto.
Violeta: — Você veio.
Apolo: — Claro que vim.
Ela não