Narrado por Apolo
Quando a fumaça da boate ainda nem tinha dissipado por completo, eu já estava no meu gabinete com Enzo na minha frente, segurando uma prancheta e esperando minhas ordens. O ataque de Alonso não foi um aviso. Foi um convite. Um chamado direto pro inferno. E se ele achava que eu ia recuar, é porque ainda não entendeu com quem estava lidando.
Apolo: — Quero um levantamento completo. Tudo. Desde a primeira nota fiscal suja até o cartel mais oculto.
Enzo: — Sobre o quê, especificamente?
Apolo: — Alonso. Cada empresa, cada boate, cada restaurante, cada armazém. Tudo que está no nome dele ou de laranja. Quero um mapa de todos os negócios que ele tem na Espanha. Quero saber onde ele ganha mais e onde ele está vulnerável.
Enzo anotava com rapidez, mas seu olhar carregava a mesma gravidade do meu.
Apolo: — E mais: quero saber quem está com ele. Quem é aliado, quem é subornado, quem é refém. Deputado, juiz, comandante de policiamento, dono de jornal. Levanta o nome de cada verm