Narrado por Alonso
Não existe guerra sem espionagem.
E se Apolo achava que só ele sabia brincar de xadrez… ele ainda vai aprender que o rei também pode morrer envenenado por um beijo.
Cristóbal entrou na sala com um sorriso discreto.
Cristóbal: — Ela chegou.
Assenti com a cabeça, mantendo o olhar na lareira. A chama dançava como se soubesse que em breve queimaria outro império.
Minutos depois, a porta se abriu. E ela entrou.
Léa Moreau. Francesa. Alta. Loira. Perigosa.
Vestido justo, batom vermelho, olhos azuis como gelo e um andar que parecia música. Mas não era uma música qualquer. Era uma sinfonia de destruição.
Alonso: — Léa.
Léa: — Alonso.
Ela se sentou de frente pra mim com a confiança de quem sabe o próprio valor — e sabe usá-lo como arma.
Alonso: — Preciso que você entre na vida de um homem. Seduza. Ganhe confiança. E depois arranque tudo o que ele tem.
Léa: — Qual deles?
Peguei uma pasta do cofre e empurrei até ela. Dentro, fotos de Zeus Marino, documentos, rotas de viagem, r