Narrado por Ares Marino
Voltar pra casa depois de matar um inimigo tem um gosto estranho.
A adrenalina ainda pulsa no sangue. A mente trabalha mais rápido. Mas o corpo quer repouso. E o coração… quer ver o rosto dela. Isabella.
Cruzei os portões da mansão por volta das dez da manhã. O sol já estalava no céu, e meus homens se dispersavam discretamente pelos corredores. Estavam atentos. Desde o atentado, o clima na propriedade mudou. É como se todos soubessem que estamos prestes a atravessar o limiar final dessa guerra.
No jardim, Isabella estava com Luna nos braços, sentada na sombra, balançando a filha devagar, como se aquele mundo lá fora não pudesse tocá-la. Mas podia. E Viktor tentou.
Aproximei devagar, abaixei e beijei a testa da minha filha, que sorriu sonolenta. Isabella levantou os olhos pra mim.
— Correu tudo bem? — ela perguntou.
— Rafael está morto. E deixou um presente.
— O que ele disse?
— O esconderijo do Viktor. Achamos. Ele tá escondido numa fortaleza subterrânea, entre