Narrado por Ares Marino
Dois dias depois, o mundo escureceu.
A neblina era espessa na estrada estreita que cortava os Alpes como uma cicatriz velha. O carro blindado avançava em silêncio absoluto, engolindo quilômetros enquanto a noite se fechava sobre nós como um presságio.
Apolo dirigia, firme como sempre. Zeus, no banco de trás ao meu lado, conferia pela décima vez o arsenal: armas limpas, silenciadores montados, facas afiadas, cápsulas de gás e os explosivos ajustados com precisão.
Eu observava o tablet preso ao suporte diante de mim, rastreando em tempo real os sinais internos do bunker. A entrada alternativa, pelo poço de ventilação da encosta, estava desativada — exatamente como planejamos. Viktor estava encurralado sem saber.
Zeus: — O gerador de emergência deles está operando em 78%. Se a gente cortar isso, ele fica no escuro. Literalmente.
Apolo: — Gosto disso. Caçar rato no breu.
Ares: — Não se empolga ainda. Isso aqui não é festa. É execução.
Apolo deu um leve sorriso, e v