Narrado por Apolo
O cheiro de pólvora ainda estava impregnado nas roupas de Ares. Ele não tirava aquele maldito casaco desde a noite do confronto. As botas sujas, o olhar tenso. Mas havia algo a mais: ele estava diferente.
Matou Ivanov com as próprias mãos.
E quando um homem cruza essa linha… ele não volta o mesmo.
Zeus estava parado diante da mesa de concreto no centro do galpão. As luzes eram fracas, e só o som dos nossos passos ecoava no espaço. Estávamos em um dos nossos pontos seguros fora da cidade — uma antiga fábrica desativada, cercada por nada além de ferro velho e silêncio.
O tipo de lugar onde se planeja a morte de um homem.
Zeus:
— Alonso tá acuado. Depois do que aconteceu com Ivanov, ele sabe que a gente tá vindo.
Ares:
— E ainda assim continua vivo.
Zeus o encarou, firme.
Zeus:
— Mas não por muito tempo.
Me aproximei da mesa. Sobre ela, mapas, fotografias aéreas, anotações manuais, horários de movimentação. Tudo apontando para os três únicos locais onde Alonso poderia e