Narrado por Apolo
O sol se derramava pelas pedras antigas da rua como ouro líquido. A Espanha tinha esse cheiro de passado e liberdade, como se a cidade carregasse histórias demais pra caber nos livros.
E pela primeira vez em muito tempo… eu estava andando sem uma arma no coldre.
Só com ela.
Violetta caminhava ao meu lado, de vestido claro, sandálias baixas e aquele olhar que me atravessava por dentro.
Violetta: — Você tem certeza que é seguro?
Apolo: — Não. Mas pela primeira vez, não quero pensar nisso.
Ela arqueou uma sobrancelha.
Violetta: — Você? O paranoico? O homem que não pisa fora de casa sem revisar câmeras, trajetos e saída de emergência?
Sorri de lado.
Apolo: — Hoje, eu só quero saber aonde você quer ir. E como te fazer sorrir.
Violetta olhou pro chão, depois pro céu. Respirou fundo.
Violetta: — Quero conhecer esse seu outro lado. O lado que não carrega o peso da família Marino nos ombros.
Apolo: — Então vem comigo.
Peguei sua mão e seguimos.
Andamos pela parte mais antiga