Narrado por Ares Marino
Ela veio comigo.
Isabella. Minha mulher. Minha guerra.
Eu devia tê-la impedido. Mas não tive coragem. Porque nos olhos dela não havia medo. Havia fogo. Havia um tipo de coragem que não se aprende com armas, mas com dor.
E agora, ela estava no banco de trás da van, entre Apolo e Zeus, com uma pistola no coldre e o olhar cravado no horizonte.
— Vinte minutos até o ponto de interceptação — murmurou Apolo.
Zeus ajustava o equipamento de comunicação.
Eu dirigia.
E a guerra vinha conosco.
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O bunker era uma construção subterrânea escondida nos Alpes. Pedra, aço e morte. Um dos lugares mais impenetráveis que Viktor possuía. Mas ele não contava com a nossa informação. Nem com nossa sede.
Quando paramos a 300 metros da entrada, o ar já cheirava a fumaça. Apolo se adiantou com dois dos nossos. Desativaram os sensores de movimento. Isabella desceu com firmeza.