Narrado por Isabella
Ele estava diante de mim outra vez.
Marco. Meu passado. Meu erro. Meu pesadelo.
Mas dessa vez, não tremi. Não chorei. Não me permiti cair.
O homem que tentou me vender agora estava com o rosto desfigurado, amarrado, e sendo mantido vivo por pura estratégia. E mesmo assim, ainda carregava aquele olhar arrogante. Como se ainda tivesse algum poder sobre mim.
Não tem.
Não mais.
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— Ela foi movida. Viktor tem um bunker perto de Genebra. Quase inacessível — ele disse, com a voz rouca, mas firme.
Meu coração deu um salto. As imagens da minha tia vieram como um soco no peito. Ela, frágil, com os cabelos presos e o sorriso doce. E agora... talvez num cativeiro, sofrendo. Sozinha. Com medo. Esperando por mim.
Apertei os olhos para conter as lágrimas. Não podia vacilar. Não na frente dele. Não na frente de mim mesma. Eu era mais do que dor agora. Eu era decisão.
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