Narrado por Zeus Marino
Se me dissessem há um mês que eu estaria sentado no chão da sala da mansão com uma bebê de sete meses no colo, segurando uma mamadeira de cabeça pra baixo, suando igual um condenado — eu teria rido. E mandado matar o profeta.
Mas cá estou eu.
Oficialmente: tio substituto, babá emergencial e palhaço da vez.
Enquanto Ares e Apolo saem por aí matando russos, salvando idosas e quebrando costelas, eu estou tentando entender como um ser de cinco quilos consegue me vencer em trinta segundos com um grito agudo e dois peidos estratégicos.
— Você tem alguma arma escondida nessa fralda, Luna? Hein? Porque se tiver, juro que a gente negocia.
Ela me encarou. A língua pra fora. O sorriso mais cínico que já vi.
— Ah, entendi. Tá tirando com a minha cara.
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A primeira crise veio com a papinha.
Mistura de banana, arroz e... sei lá o quê. Um cheiro entre vômito e abacate venci