Narrado por Ares
A Espanha me recebeu com um sol quente na cara e uma dor de cabeça ainda maior. Era como se o universo estivesse tentando me dizer desde o desembarque: "Você vai ter que resolver mais uma merda, Ares."
Ao meu lado, Zeus vinha desfilando com aquela pose de galã de filme velho. Camisa de linho aberta no peito, óculos escuros, e um café na mão como se a gente estivesse indo pra Cancún em vez de se meter numa possível guerra com a máfia mexicana.
Zeus: — Aposto dez euros que o Apolo tá numa cama agora, pelado, com um charuto na boca e uma mulher no colo.
Ares: — E eu aposto que ele tá fazendo tudo isso… com a cabeça a prêmio.
Entramos no carro blindado que um dos capangas do Apolo mandou buscar. O caminho até a mansão foi rápido, mas minha paciência não. A cada minuto que passava sem a gente saber exatamente onde meu irmão se meteu, minha vontade de socar alguém aumentava.
Chegamos. O portão abriu devagar e revelava uma casa grande, cercada por árvores e um jardim que dev