O silêncio que tomou conta da sala parecia quase sagrado. Depois da revelação de Annabelle, ninguém ousava mover um músculo. As palavras ainda ecoavam entre as paredes da mansão de Azaleia como um feitiço antigo, impossível de ignorar.
Annabelle permaneceu de pé, de cabeça baixa, as mãos trêmulas sobre a mesa. Seu companheiro, Andreas, estava ao lado dela, mas pela primeira vez parecia não saber o que dizer.
Os olhos de todos a observavam — os dos filhos, os do irmão, os dos amigos mais fiéis. Era como se o ar tivesse ficado pesado demais para respirar.
Michael, o irmão mais velho de Annabelle, foi o primeiro a se recuperar do impacto. Levantou-se devagar, respirando fundo, a voz rouca pelo espanto.
— Eu… eu estive com ela — disse, quebrando o silêncio como um trovão abafado. Todos se voltaram para ele. — Quando fomos até a alcateia dos gêmeos Apolo e Arthur, ela estava lá. Eu a vi.
Annabelle levantou o olhar, surpresa.
— Você falou com ela?
— Sim — confirmou Michael, passando a mão p