Annabelle observava os filhos em silêncio. Havia um brilho diferente em seus olhos, como se uma chama antes adormecida tivesse despertado. Pela primeira vez em muito tempo, ela não falava apenas como mãe, mas como alguém que carregava sobre os ombros a responsabilidade de guiar uma linhagem inteira.
Com a voz firme, porém doce, disse:
— Precisamos reunir toda a família.
Benjamin e Bernardo se entreolharam, atentos. Havia algo solene naquele tom de voz. Annabelle continuou:
— O seu tio Michael e a companheira dele, Hannah. Nick e sua companheira. Eva, sábia. E, claro, Afonso. Todos nós, juntos, em um só lugar. Não aqui dentro destas paredes… precisamos de um espaço neutro, longe do peso dos corredores desta fortaleza.
Ela respirou fundo antes de completar:
— A mansão de Azaleia. É o lugar ideal.
A escolha pareceu natural, quase inevitável. A casa de Azaleia ficava afastada das disputas políticas, cercada por jardins tranquilos e uma floresta que transmitia calma. Era um ponto de equil