CAPÍTULO 164.
Estávamos todos à mesa. Francesco lendo documentos, Yana tentando manter as crianças calmas, Carlos claramente com dores nas mãos depois do “treinamento” do dia. Matteo com seu eterno copo de vinho sem uma gota de prazer.
Foi quando ela entrou.
Franscisca.
Linda, elegante, com o tipo de beleza letal que não precisa levantar a voz para fazer uma sala tremer. Ela olhou para mim e depois para Eliyahu no celular.
— Então essa é a famosa Darína? A boneca do russo? — disse com um sorriso azedo.
— Franscisca… — Matteo murmurou em tom de aviso.
— Não, querido. Só estou dizendo o que todo mundo pensa. Uma menina criada na favela, agora chamada de princesa. Mas princesa de quê? Da neve? Porque do sangue… não parece ser. — seus olhos eram lâminas.
— Chega, Franscisca. — Francesco disse, sem erguer a voz. — Ela está aqui porque eu quis.
— Errado. — ela o cortou, fria. — Ela está aqui porque o russo deixou. E todos sabem disso. Você não é mais temido como antes, Francesco. Nem mesmo pelos seus pró