CAPÍTULO 165.
As férias terminaram. Eu e Carlos voltamos para a Rússia.
A escola começou. A rotina voltou. Eliyahu... não.
Ele não voltou.
Desde que pus os pés na Rússia novamente, posso contar nos dedos de uma mão as vezes que o vi.
E nenhuma delas foi especial. Nenhuma delas teve calor.
Ele fala comigo como se eu fosse um contrato assinado, uma obrigação administrativa.
E me vigia como se eu fosse um bem caro que ele guarda para que ninguém mais toque.
Ele prefere mil vezes me ver sozinha do que me ver longe da sua casa.
— Você pode ir. Mas esteja em casa até às vinte. — foi tudo o que disse quando pedi para visitar minha irmã e meus sobrinhos.
Nem um “mande lembranças”.
Nem um “divirta-se”.
Só regras. Sempre regras.
Mas eu fui mesmo assim. No sábado, me arrumei com cuidado. Vesti a saia longa azul, o casaco leve branco e passei perfume como se estivesse indo para uma entrevista de emprego com a vida.
O motorista da Bratva me levou até a mansão da avó materna de Eliyahu: Aiyra.
Ela sabia que eu v