CAPÍTULO 156.

Depois da alegria leve e barulhenta com Vicente e Miriam, o clima mudou como o céu antes da tempestade.

Vera apareceu.

Parada no batente da porta, com os braços cruzados e um olhar duro que não dava espaço para sorrisos. Estava mais magra, mas não parecia doente. Estava... seca. Como alguém que viveu muito e escolheu parar de sentir. Havia algo novo nela, como se ter sido acolhida por Aiyra tivesse puxado dela não o melhor, mas o silêncio. Parecia uma penitente voluntária em um convento de luxo.

— Quando ia me contar sobre seu pai? — ela soltou, sem me cumprimentar.

O riso que ainda morava no canto da minha boca morreu ali mesmo.

— Você sabia? — perguntei, ainda tentando acreditar que aquilo não ia escalar.

— Eu não me lembrava quem ele era. Era só mais um cliente que nossa mãe atendeu. — respondeu, fria como gelo de necrotério. — Mas você... mal descobriu que faz parte de algo grande, já esqueceu a sua família.

— Isso não é verdade. — defendi, firme, mas sentindo o chão se afastar. —
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