CAPÍTULO 150.
Darína.
Eliyahu foi um idiota.
E eu estava tão em pânico que acreditei em tudo que ele disse. Mesmo se ele me dissesse que eu tinha virado extraterrestre, eu iria acreditar. Eu chorava, tremia, segurava os seios com medo de algo sair dali, e ele com aquela cara de pau, me dizia com toda calma do mundo que eu estava grávida. GRÁVIDA! E que provavelmente tinha sido por causa da saída que fiz meus amigos.
Na hora eu quis morrer. O chão parecia que se desfazia, e eu só queria que alguém me abraçasse e dissesse que tudo aquilo era mentira. Mas quem me salvou não foi ele. Foi a mãe dele. E a irmã dele. E as avós. Quatro mulheres que chegaram como anjos em meio à minha crise, e me explicaram tudo com uma paciência que eu não sabia que existia.
A mãe dele até bateu nele. De verdade. Na frente de todo mundo. Uma palmada seca na nuca e depois um discurso cheio de raiva e proteção. E ele ainda teve a ousadia de cortar a própria mão quando eu comecei a ignorá-lo. “Pra me fazer sentir mal”, ele di