Seus olhos estavam mais fundos, mais pesados. O poder que antes parecia fluir com elegância agora exigia mais dele. A ligação com Liam havia aberto algo — uma conexão simbiótica entre suas essências. Sentia as dores do menino. Os medos. As hesitações.
E também o amor que o mantinha humano.
— Isso vai ser a ruína dele — disse Eris, surgindo da sombra, os braços manchados de terra ritualística. — O amor. A dúvida.
— Ou o que vai mantê-lo livre — murmurou Caius, sem desviar os olhos do espelho.
— E você quer que ele seja livre?
Caius não respondeu.
Em vez disso, caminhou até o altar recém-finalizado no coração do templo. Sobre ele, uma rosa vermelha, pulsando como um coração.
— A Primeira Rosa de Sangue — ele disse. — Criada com o fragmento de um espelho antigo e uma gota do sangue de Liam. Ela floresceu ao primeiro cântico.
Eris se aproximou, tocando a rosa com reverência.
— Está viva.
— Está ligada a ele. Sempre que Liam usar seu poder, essa flor vai reagir. Vai registrar. Como um sism