Capítulo 19

Voltei a passar pelo banco da praça sem pretensão de encontrá-lo.

Era um dia de céu aberto, daqueles que Paris inventa de vez em quando só pra lembrar que ainda sabe ser gentil. Eu levava o caderno de desenhos debaixo do braço, uma caneta na mão e a cabeça… cheia. Cheia de tinta, de ideias novas, de tudo que estava acontecendo.

As mensagens da exposição ainda pipocavam no celular. As curtidas, os elogios, até uma encomenda vinda da Bélgica. Sophia estava empolgada demais, já querendo me fazer uma “bio profissional” e marcar cafés com galeristas.

Mas eu só queria um pouco de silêncio.

E foi então que ouvi.

Não a música.

A voz.

— Você tem mãos de artista e alma de violinista.

Virei devagar.

Lucca estava encostado num muro de pedra, de braços cruzados, o estojo do violino nas costas e os olhos em mim — do mesmo jeito que olhava o céu antes de tocar: como se algo ali fosse sagrado.

— Oi — foi tudo o que consegui dizer, com o coração galopando no peito.

Ele caminhou até mim, passos firmes
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