Acordei com o som insistente das notificações.
Três chamadas perdidas. Quinze mensagens. Várias marcações no Instagram. E uma mensagem de voz da Sophia com a seguinte frase:
— Você vai surtar. Mas antes de surtar, levanta, lava o rosto e respira. Depois surta com calma.
Olhei para o teto do quarto. Louis ronronava no canto, indiferente ao caos. O sol invadia o espaço pelas frestas da janela, como se o universo lá fora já soubesse que meu mundo tinha mudado — e estivesse sorrindo por mim.
Peguei o celular e comecei a ler.
“Você aceita encomendas?”
“Essa tela ainda está disponível?”
“Tem loja online?”
“Vi sua obra na exposição ontem, e não consigo parar de pensar nela. Por favor, me diga que posso comprá-la.”
Meu coração disparou.
A maioria dos contatos havia vindo dos posts da galeria, que marcou Sophia como contato temporário — ela criou um perfil com meu nome só para centralizar as mensagens: @allegra.bianchi.art. Eu ainda não sabia se queria me mostrar tanto assim, mas… talvez fosse